segunda-feira, 25 de setembro de 2017

“Che Guevara”



Contra ti se ergueu a prudência dos inteligentes e o arrojo
                                                                  [dos patetas
A indecisão dos complicados e o primarismo
Daqueles que confundem revolução com desforra

De poster em poster a tua imagem paira na sociedade de
                                                                [consumo
Como o Cristo em sangue paira no alheamento ordenado das
                                                                [igrejas

Porém
Em frente do teu rosto
Medita o adolescente à noite no seu quarto
Quando procura emergir de um mundo que apodrece

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"

“Vivo em Lembranças, Morro de Esquecido”



Doces lembranças da passada glória,
Que me tirou fortuna roubadora,
Deixai-me descansar em paz uma hora,
Que comigo ganhais pouca vitória.

Impressa tenho na alma larga história
Deste passado bem, que nunca fora;
Ou fora, e não passara: mas já agora
Em mim não pode haver mais que a memória.

Vivo em lembranças, morro de esquecido
De quem sempre devera ser lembrado,
Se lhe lembrara estado tão contente.

Oh quem tornar pudera a ser nascido!
Soubera-me lograr do bem passado,
Se conhecer soubera o mal presente.

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

“NADA COMO O TEMPO”


"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!"

“Charles Chaplin Pensamentos II”


“Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis.”

“A humanidade não se divide em heróis e tiranos. As suas paixões, boas e más, foram-lhe dadas pela sociedade, não pela natureza.”

“Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria.”


“O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até ao ponto em que todos possam apreciá-lo e compreendê-lo. Isso é - ou deveria ser - a mais elevada forma de arte.”

terça-feira, 8 de agosto de 2017

“Quando me Amei de Verdade”



Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!

Kim e Alison McMillen

“Charles Chaplin Pensamentos”



“Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá.


“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.”

“Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação.”

terça-feira, 20 de junho de 2017

“NÃO DEIXE O AMOR PASSAR”




Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar junto, chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida:
O AMOR.

“Vida”


Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante.

Augusto Branco

domingo, 18 de junho de 2017

“Amor eterno enquanto dure”



Querida (nome)
Hoje acordei pensando em você. Embora não tenha sonhado contigo, despertei tendo na mente apenas pensamentos que fazem lembrar de sua magnífica figura.
Talvez pela proximidade desta data em que, por feliz iniciativa de amigos comuns ao apresentar-nos, iniciamos a relação que embora hoje, esteja um pouco sem sal, ainda está firme em meu peito.
Estou querendo reavivar aquela chama que já foi ardente e que deixou lembranças de momentos tórridos de um amor arrebatador, que nunca devia ter arrefecido. Será que você também sente isso?
Então, ainda é possível reavivar os momentos felizes vividos com muita paixão. Sei que você, como eu também quer que isso aconteça, afinal nosso caso não é tão banal, que a gente possa ir deixando pra lá.
Podemos evitar a rotina que está sufocando o amor, matando nosso relacionamento. É preciso voltar a sentir a antiga fantasia e voltar a viver esse caso, com a força que ele merece, afinal você continua linda e insinuante, sensível e carinhosa, e eu, aquele mesmo amante fogoso que nunca deixou de te querer. Vamos reavivar este amor, que sendo belo é eterno enquanto durar.

Beijos do teu

(assinatura)

“Carta à garota que só quer ficar”


Querida (nome)

"Não é pelo fato de desejar apenas ficar, que não vou envolver nosso romance numa aura de beleza e de muito carinho. Quero que saiba que eu sou romântico e que o fato de desejar apenas uma transa, não vai fazer com que eu seja apenas um animal materialista.
Não vou dizer que te amo e quero ter com você um caso de amor. Não, não é isso, mas é alguma coisa que vai representar um romance. Embora seja um romance que vai apenas envolver sexo. Nesse momento, quero dizer no seu ouvido palavras bonitas que irão despertar sua sensibilidade.
Te quero querida, preciso ficar com você e desfrutar de toda sua beleza, não será apenas um caso de sexo, mas de um sexo bonito e especial."

(assinatura)

domingo, 4 de junho de 2017

“Amar e Ser Livre ao mesmo Tempo”


Tudo o que posso dizer é que estou louco por ti. Tentei escrever uma carta e não consegui. Estou constantemente a escrever-te... Na minha cabeça, e os dias passam, e eu imagino o que pensarás. Espero impacientemente por te ver. Falta tanto para terça-feira! E não só terça-feira... Imagino quando poderás ficar uma noite... Quando te poderei ter durante mais tempo... Atormenta-me ver-te só por algumas horas e, depois, ter de abdicar de ti. Quando te vejo, tudo o que queria dizer desaparece... O tempo é tão precioso e as palavras supérfluas... Mas fazes-me tão feliz... porque eu consigo falar contigo. Adoro o teu brilhantismo, as tuas preparações para o voo, as tuas pernas como um torno, o calor no meio das tuas pernas. Sim, Anais, quero desmascarar-te. Sou demasiado galante contigo. Quero olhar para ti longa e ardentemente, pegar no teu vestido, acariciar-te, examinar-te. Sabes que tenho olhado escassamente para ti? Ainda há demasiado sagrado agarrado a ti.

A tua carta... Ah, estas moscas! Fazes-me sorrir. E fazes-me adorar-te também. É verdade, não te dou o devido valor. É verdade. Mas eu nunca disse que não me dás o devido valor. Acho que deve haver um erro no teu inglês. Isso seria demasiado egoísta para eu dizer.
Anais, não sei como expressar-te o que sinto. Vivo numa expectação constante. Tu chegas e o tempo escoa-se como num sonho. É só quando partes que eu entendo completamente a tua presença. E, então, é tarde de mais. Atordoas-me.

Tento imaginar a tua vida em Louveciennes, mas não consigo. Walter Pach? Um sonho bêbedo... E além disso, não gosto dele; o porquê não sei dizer. O teu livro? Também parece irreal. Só quando chegas e olho para ti é que o quadro fica mais claro. Mas partes tão rapidamente... Não sei o que pensar. Sim, vejo claramente a lenda de Pushkin. Vejo-te na minha mente sentada nesse trono, com joias à volta do pescoço, sandálias, grandes anéis, unhas pintadas, estranha voz espanhola, a viver uma espécie de mentira que não é exatamente uma mentira mas um conto de fadas.

Vesti esta noite as minhas calças de bombazina e reparei que estavam manchadas. Mas juro pela minha vida que não consigo associar a mancha à princesa em Louveciennes que priva com guitarristas, poetas, tenores e críticos. Não me esforcei muito para tirar a mancha. Vi-te entrar na lavandaria e encostar a tua cabeça no meu ombro. Não consigo ver-te a escrever «An Unprofessional Study».

Isto está um bocadinho bêbedo, Anais. Estou a dizer para mim «aqui está a primeira mulher com quem posso ser absolutamente sincero». Lembro-me de dizeres: «Tu podias enganar-me. Eu não o saberia». Quando passeio pelos «boulevards» e penso nisso... Não posso enganar-te... E no entanto gostaria de fazê-lo. Quero dizer que nunca posso ser absolutamente leal... Não está em mim. Adoro mulheres, ou a vida, demasiado... Não sei de que gosto mais. Mas ri, Anais, adoro ouvir-te rir. És a única mulher que tem tido um sentido de alegria, uma sábia tolerância... Já não mais pareces querer fazer com que eu te traia. Amo-te por isso. E por que fazes isso? Amor? Oh, é maravilhoso amar e ser livre ao mesmo tempo.

Não sei o que esperar de ti, mas é algo parecido com um milagre. Vou exigir tudo de ti... Mesmo o impossível, porque tu o encorajas. És realmente forte. Até gosto da tua falsidade, da tua traição. Parece-me aristocrática. (Será que "aristocrática" soa mal na minha boca?)

Sim, Anais, estava a pensar em como posso trair-te, mas não consigo. Quero-te. Quero despir-te, vulgarizar-te um pouco... Ah, não sei o que digo. Estou um bocado bêbedo porque tu não estás aqui. Gostaria de bater palmas e... «voilà»: Anais! Quero ter-te, usar-te. Quero fazer amor contigo, ensinar-te coisas. Não, não te dou o devido valor... Deus queira que não! Talvez até queira humilhar-te um pouco... Porquê, porquê? Por que é que não me ajoelho e te adoro? Não consigo. Amo-te risonhamente.

Gostas disso?
Querida Anais, sou tantas coisas. Tu só vês as coisas boas agora... Ou, pelo menos, levaste-me a pensar isso. Quero-te pelo menos durante um dia inteiro. Quero ir a sítios contigo... Possuir-te. Não sabes o quão insaciável sou. Ou o quão tortuoso. Ou o quão egoísta!

Tenho-me portado bem contigo. Mas aviso-te de que não sou um anjo. Penso principalmente que estou um pouco bêbedo. Amo-te. Vou para a cama agora... É demasiado doloroso permanecer acordado. Amo-te. Sou insaciável. Vou pedir-te para fazeres o impossível. O quê, não sei. Provavelmente dir-me-ás. És mais rápida do que eu. Adoro a tua ***, Anais... Põe-me louco. E o modo como dizes o meu nome! Deus, é irreal. Ouve, estou muito bêbedo. Dói-me estar aqui sozinho. Preciso de ti. Posso dizer-te qualquer coisa? Posso, não posso?
Vem depressa então, e faz amor comigo. Explode comigo. Enrola as tuas pernas à minha volta. Aquece-me.

Henry Miller, in "Carta de Henry Miller a Anais Nin, 1932"

“Atravessámos e Vencemos Tudo”


Olho para o passado com embriaguez, mas não é com menos deslumbramento que encaro o nosso futuro. Eis-nos, agora, um do outro para todo o sempre, sem ansiedades, sem inquietações, sem angústias. Atravessámos e vencemos tudo o que era mau e que poderia ser fatal. Estamos na plena posse dos nossos dois destinos fundidos num só. O nosso amor não terá a frescura dos primeiros tempos, mas é um amor posto à prova, um amor que conhece a sua força, e que mesmo para além do túmulo, espera ser infinito. O amor, quando nasce, só vê a vida, o amor que dura vê a eternidade.

Victor Hugo, in 'Carta a Juliette Drouet'

sábado, 20 de maio de 2017

"Preciso de um Homem..."


“Preciso de um homem
que seja como um menino
inocente e meio desastrado
que necessite dos meus cuidados
e a meu redor se faça pequenino.

Que seja dengoso e faça beicinho
querendo receber meus afagos.
Um homem…
Que seja como adolescente.
Teimoso, mas muito carinhoso
quando fala suave ao meu ouvido,
ser somente o meu carinho
a razão da sua vida, e desse modo,
faça-me sentir muito querida.
Preciso de um homem
que o seja de verdade.
Que quando me abraçar
o faça com sinceridade.
Que faça de mim o seu tudo,
como um homem faz
da mulher que ele quer.
Um homem…
Que ao ficar maduro
sua palavra seja tão séria
que não precise dizer “eu juro”.
Que seja íntegro e honesto,
me faça sentir feliz sempre,
estando longe ou perto.
Preciso de um homem
a quem o meu amor baste.
Que vendo além da aparência
perceba a luz da minha alma,
me ame pelo que eu sou
e a mim entregue o seu amor
com toda a sua essência.
Sim, quero um homem que
quando velhinho ame do mesmo jeito,
com ternura e muito carinho.
lhe diga com sinceridade:
Obrigada querido por fazer-me tão feliz,
minhas esperanças não foram vãs.”


Martin Luther King

“O Amor e o Vinho”


Pense-se, por exemplo, na relação que existe entre o bebedor e o vinho. Não é verdade que o vinho oferece sempre ao bebedor a mesma satisfação tóxica, que a poesia tem comparado com frequência à satisfação erótica — comparação, de resto, aceitável do ponto de vista científico? Já alguma vez se ouviu dizer que o bebedor fosse obrigado a mudar sem descanso de bebida porque se cansaria rapidamente de uma bebida que permanecesse a mesma? Pelo contrário, a habituação estreita cada vez mais o laço entre o homem e a espécie de vinho que ele bebe. Existirá no bebedor uma necessidade de partir para um país onde o vinho seja mais caro ou o seu consumo proibido, a fim de estimular por meio de semelhantes obstáculos a sua satisfação decrescente? De modo nenhum. Basta escutarmos o que dizem os nossos grandes alcoólicos, como Bócklin, da sua relação com o vinho: evocam a harmonia mais pura e como que um modelo de casamento feliz. Porque é que a relação do amante com o seu objecto sexual será tão diferente?

Sigmund Freud, in 'Contribuições à Psicologia da Vida Amorosa (1912)'

“Tremo por Ti que És o Meu Único Amigo”




António,

Tenho imensas coisas que te dizer e não sei o que hei-de dizer, tão arreliada estou e tão sem cabeça para pensar a coisa mais insignificante deste mundo. Que linda noite, tu vais passar, Amigo querido! E eu? A pensar que a maldade e a estupidez desta vida que no nosso desgraçado país é um horror, me pode fazer o mal maior que a alguém se pode fazer. Tenho medo, tenho medo, meu amor. Este desassossego contínuo põe-me doente e faz-me doida.

Então eu hei-de passar a minha triste vida a tremer por ti? Eu tenho pouca sorte, e quando enfim encontro no meu caminho alguém que gosta de mim, por mim, como se deve gostar, que pensa na minha felicidade, no meu sossego, alguém que se digna ver que eu tenho alma a sentir, quando encontro enfim no mundo o que julgara não encontrar nunca, hei-de andar como o avarento a tremer pelo tesoiro que levou anos, uma vida inteira a conquistar e que lhe podem roubar num momento. Eu tenho pouca sorte! Que Deus tenha piedade de mim.

Quereria dizer-te muitas coisas mas nem sei o que; só tenho vontade de chorar e de gritar desesperadamente, com a cabeça enterrada nas almofadas para ninguém me ouvir. Se tu não tivesses vindo hoje, o que seria de mim, toda esta imensa noite sem saber de ti. E quantas noites hei-de eu passar assim! É impossível que eu resista muitos anos à vida passada assim. Antes Deus me leve depressa, depressa, depressa. O que estás tu agora a fazer, amor? São quase 2 horas e estou ansiosa a querer ouvir não sei o quê, a querer escutar, a querer adivinhar o que lá fora se passa. Uma porta que se fecha, um cavalo que passa a galope, um grito, sobressaltam-me como se um perigo imenso me ameaçasse.

Amanhã, se isto estiver assim, se estiveres de prevenção, não vou ao teatro, com certeza. Como posso eu aturar aquilo? Para estar a aborrecer os outros, é melhor ficar em casa a tremer como uma pateta que sou. Mas eu tremo por ti que és o meu único amigo, que és o meu noivo, aquele que só pensa em mim e na felicidade de toda a minha vida. Em mim não me afadigo a pensar. Não há meio de morrer, de desaparecer por uma vez, bem coberta de terra, bem esquecida de todos. De ti, não. Sou má, perdoa-me. Tenho a certeza que me mandarias crisântemos brancos e rosas vermelhas que são minhas flores predilectas. Tenho a certeza que não me esquecerias. Mas tu não queres que eu fale nestas coisas, pois não? Falemos antes da nossa casinha, do nosso ninho que há-de ser como aquele de que falavam os rouxinóis:

"O nosso ninho é pequeno
Mas chega bem para dois."

Não é assim, meu amor? A propósito de casa, quero falar contigo para ver se te convém uma coisa que pensei e em que já falei aqui à Margarida. Amanhã te direi ou quando puder ser. Manda notícias, sim? Ama-te muito a tua Bela.

Florbela Espanca, in 'Carta a António Guimarães (1920)'

“Vim para os Teus Braços Chicoteados pela Vida”




Então tu pensas que há muitos casais como nós por esse mundo? Os nossos mimos, a nossa intimidade, as nossas carícias são só nossas; no nosso amor não há cansaços, não há fastios, meu pequenito adorado! Como o meu desequilibrado e inconstante coração d'artista se prendeu a ti! Como um raminho de hera que criou raízes e que se agarra cada vez mais. Vim para os teus braços chicoteada pela vida e quando às vezes deito a cabeça no teu peito, passa nos meus olhos, como uma visão de horror, a minha solidão tamanha no meio de tanta gente! A minha imensa solidão de dantes que me pôs frio na alma. Eu era um pequenino inverno que tremia sempre; era como essa roseira que temos na varanda do Castelo que está quase sempre cheia de botões mas que nunca dá rosas! Na vida, agora há só tu e eu, mais ninguém. De mim não sei que mais te dizer: como bem mas durmo mal; falta-me todas as manhãs o primeiro olhar duns lindos olhos claros que são todo o meu bem.

Florbela Espanca, in "Correspondência (1921)"

terça-feira, 9 de maio de 2017

“As Saudades que Sinto de Ti”


Meu Bebé, meu Bebezinho querido: 

Sem saber quando te entregarei esta carta, estou escrevendo em casa, hoje, domingo, depois de acabar de arrumar as coisas para a mudança de amanhã de manhã. Estou outra vez mal da garganta; está um dia de chuva; estou longe de ti — e é isto tudo o que tenho para me entreter hoje, com a perspectiva da maçada da mudança amanhã, com chuva talvez e comigo doente, para uma casa onde não está absolutamente ninguém. Naturalmente (a não ser que esteja já inteiramente bom e arranje as coisas de qualquer modo, o que faço é ir pedir guarida cá na Baixa ao Marianno Sant’Anna, que, além de me dar de bom grado, me trata da garganta com competência, como fez no dia 19 deste mês quando eu tive a outra angina.

Não imaginas as saudades de ti que sinto nestas ocasiões de doença, de abatimento e de tristeza. O outro dia, quando falei contigo a propósito de eu estar doente, pareceu-me (e creio que com razão) que o assunto te aborrecia, que pouco te importavas com isso. Eu compreendo bem que, estando tu de saúde, pouco te rales com o que os outros sofrem, mesmo quando esses «outros» são, por exemplo, eu, a quem tu dizes amar. Compreendo que uma pessoa doente é maçadora, e que é difícil ter carinhos para ela. Mas eu pedia-te apenas que «fingisses» esses carinhos, que «simulasses» algum interesse por mim. Isso, ao menos, não me magoaria tanto como a mistura do teu interesse por mim e da tua indiferença pelo meu bem-estar.

Amanhã e depois, com as duas mudanças e a minha doença, não sei quando te verei. Conto ver-te à hora indicada amanhã — às 8 da noite ou de aí em diante. Quero ver, porém, se consigo ver-te ao meio-dia (embora isso me pareça difícil), pois às 8 horas quem está como eu deve estar deitado.

Adeus, amorzinho, faz o possível por gostares de mim a valer, por sentires os meus sofrimentos, por desejares o meu bem-estar; faz, ao menos, por o fingires bem.
Muitos, muitos beijos, do teu, sempre teu, mas muito abandonado e desolado

Fernando

Fernando Pessoa, in 'Carta a Ofélia Queiroz' (28 Mar 1920)

“Preciso de Ti”


O amor é bem capaz de ser a melhor maneira de nos encontrarmos conosco.
Preciso de ti para saber de mim.
Sei-o sempre que por minutos parece que vou perder-te, numa discussão das que vamos tendo. Discutir é abrir a válvula do amor, deixá-lo respirar, sangrá-lo para poder regressar à estrada. Nenhum amor aguenta sem sangrar.
Preciso de ti para pensar em mim.
Sei-o porque quando parece que vais eu vou também, deixo de saber quem sou, como sou. Para onde vou.
Preciso de ti para precisar de mim.
E os que não me entendem que vão para o raio que os parta. Os que dizem que isto não é nada recomendável, que isto não devia ser assim, que eu devia ser capaz de ser o que sou sem precisar de ti. Infelizes.
Preciso de ti para cuidar de mim.
O amor é bem capaz de ser precisar do outro para cuidarmos de nós.
E eu cuido-me. Quero estar viva para te poder amar. Conheces melhor motivo do que esse? É claro que amo os meus pais, a minha família toda, os meus gatos, aquilo que a vida me tem dado. Mas se quero estar viva é antes de mais nada porque é a vida que te traz até mim.
Mudei a vida toda para te dedicar a minha vida.
E sou feliz. E não deixo de ser a mesma mulher que sempre fui. Não deixo de ser a mulher com cabeça, com ideias. Não deixo de ser a mulher singular que se apaixonou por ti e que te apaixonou também.
Sou mais eu sempre que sou tua.
E sou sempre tua.
Amo o que me fizeste ser. O que me fazes ser. Amo a mulher em que contigo me tornei. Amo saber que tenho em mim o que te faz querer-me em ti. Somos os dois prisioneiros mais livres de todo o universo. Somos os dois escravos mais felizes da História da Humanidade.
Escraviza-me completamente e faz-te escravo de mim, ordeno-te.
Não seguimos os manuais. Os manuais que ensinam o amor em part. time, o amor saudavelzinho. O amor em doses. O amor dividido em rações. O amor como uma empresa. Que tristeza.
Consumimo-nos sem moderação porque se é moderado já não é amor.
Somos ridículos na maneira como nos amamos mas só quem nunca amou é ridículo.
O amor é bem capaz de ser a melhor maneira de ser ridículo.

Pedro Chagas Freitas, in 'Queres Casar Comigo Todos os Dias, Bárbara?'

sábado, 6 de maio de 2017

“O Amor Certo”


Penso em tudo o que os homens sentem pelas mulheres que amam e tento dizer o que nos une nesse amor. Fora dos pormenores e das particularidades. Sei que as mulheres que nos amam não nos amam de maneira diferente mas, como nunca se sabe, deixei-as de fora, falando apenas pelo meu gênero: a malta.

Minha amada querida. O meu pai, logo depois de se ter apaixonado pela minha mãe, disse-lhe, em pleno namoro (ela uma mulher inglesa casada, com uma filha pequena; ele um solteirão português): «Se soubesses quanto eu te amava, destruías-me já.» E disse a verdade. Era tanto o amor e o ciúme que lhe tinha, que fez mal à mulher que amava, minha mãe, e mal ao homem que a amava: ele próprio, meu pai.

O amor é um castigo: é um desespero: é um medo. O amor vai contra todos os nossos instintos de sobrevivência. Instiga-nos a cometer loucuras. Instiga-nos a comprometermo-nos. Obriga-nos a cumprir promessas que não somos capazes de cumprir. Mas cumprimos.

Eu amo-te. E não me custa. É um acto de egoísmo. Mesmo que tu me odiasses mas te odiasses tanto a ti própria que não te importasses de ficar comigo, eu seria feliz e agradeceria a Deus a tua inconsciência; a tua generosidade; qualquer estupidez ou inteligência que te mantivesse perto de mim.

A sorte não é amar-te nem tu me amares. A sorte é ter-te ao pé de mim. Tu podes estar enganada. Deves estar enganada. Mas ninguém neste mundo, por pouco que me ame ou muito que te ame, está mais certa para mim. Obrigado.

“Escuta, Amor”


Quando damos as mãos, somos um barco feito de oceano, a agitar-se sobre as ondas, mas ancorado ao oceano pelo próprio oceano. Pode estar toda a espécie de tempo, o céu pode estar limpo, verão e vozes de crianças, o céu pode segurar nuvens e chumbo, nevoeiro ou madrugada, pode ser de noite, mas, sempre que damos as mãos, transformamo-nos na mesma matéria do mundo. Se preferires uma imagem da terra, somos árvores velhas, os ramos a crescerem muito lentamente, a madeira viva, a seiva. Para as árvores, a terra faz todo o sentido. De certeza que as árvores acreditam que são feitas de terra.

Por isto e por mais do que isto, tu estás aí e eu, aqui, também estou aí. Existimos no mesmo sítio sem esforço. Aquilo que somos mistura-se. Os nossos corpos só podem ser vistos pelos nossos olhos. Os outros olham para os nossos corpos com a mesma falta de verdade com que os espelhos nos reflectem. Tu és aquilo que sei sobre a ternura. Tu és tudo aquilo que sei. Mesmo quando não estavas lá, mesmo quando eu não estava lá, aprendíamos o suficiente para o instante em que nos encontrámos.

Aquilo que existe dentro de mim e dentro de ti, existe também à nossa volta quando estamos juntos. E agora estamos sempre juntos. O meu rosto e o teu rosto, fotografados imperfeitamente, são moldados pelas noites metafóricas e pelas manhãs metafóricas. Talvez outras pessoas chamem entendimento a essa certeza, mas eu e tu não sabemos se existem outras pessoas no mundo. Eu e tu declarámos o fim de todas as fronteiras e inseparámo-nos. Agora, somos uma única rocha, uma única montanha, somos uma gota que cai eternamente do céu, somos um fruto, somos uma casa, um mundo completo. Existem guerras dentro do nosso corpo, existem séculos e dinastias, existe toda uma história que pode ser contada sob múltiplas perspectivas, analisada e narrada em volumes de bibliotecas infinitas. Existem expedições arqueológicas dentro do nosso corpo, procuram e encontram restos de civilizações antigas, pirâmides de faraós, cidades inteiras cobertas pela lava de vulcões extintos. Existem aviões que levantam voo e aterram nos aeroportos interiores do nosso corpo, populações que emigram, êxodos de multidões famintas. E existem momentos despercebidos, uma criança que nasce, um velho que morre. Dentro de nós, existe tudo aquilo que existe em simultâneo em todas as partes.

Questiono os gestos mais simples, escrever este texto, tentar dizer aquilo que foge às palavras e que, no entanto, precisa delas para existir com a forma de palavras. Mas eu questiono, pergunto-me, será que são necessárias as palavras? Eu sei que entendes o que não sei dizer. Repito: eu sei que entendes o que não sei dizer. Essa certeza é feita de vento. Eu e tu somos esse vento. Não apenas um pedaço do vento dentro do vento, somos o vento todo.
    Escuta,
    ouve.
    Amor.
    Amor.

José Luís Peixoto, in 'Abraço'

segunda-feira, 1 de maio de 2017

“A Música”




A música pra mim tem seduções de oceano!
Quantas vezes procuro navegar,
Sobre um dorso brumoso, a vela a todo o pano,
Minha pálida estrela a demandar!

O peito saliente, os pulmões distendidos
Como o rijo velame d'um navio,
Intento desvendar os reinos escondidos
Sob o manto da noite escuro e frio;

Sinto vibrar em mim todas as comoções
D'um navio que sulca o vasto mar;
Chuvas temporais, ciclones, convulsões

Conseguem a minh'alma acalentar.
Mas quando reina a paz, quando a bonança impera,
Que desespero horrível me exaspera!

Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"
Tradução de Delfim Guimarães.

“Se Me Esqueceres”

Pablo Neruda


Quero que saibas
uma coisa.

Sabes como é:
se olho
a lua de cristal, o ramo vermelho
do lento outono à minha janela,
se toco
junto do lume
a impalpável cinza
ou o enrugado corpo da lenha,
tudo me leva para ti,
como se tudo o que existe,
aromas, luz, metais,
fosse pequenos barcos que navegam
até às tuas ilhas que me esperam.

Mas agora,
se pouco a pouco me deixas de amar
deixarei de te amar pouco a pouco.

Se de súbito
me esqueceres
não me procures,
porque já te terei esquecido.

Se julgas que é vasto e louco
o vento de bandeiras
que passa pela minha vida
e te resolves
a deixar-me na margem
do coração em que tenho raízes,
pensa
que nesse dia,
a essa hora
levantarei os braços
e as minhas raízes sairão
em busca de outra terra.

Porém
se todos os dias,
a toda a hora,
te sentes destinada a mim
com doçura implacável,
se todos os dias uma flor
uma flor te sobe aos lábios à minha procura,
ai meu amor, ai minha amada,
em mim todo esse fogo se repete,
em mim nada se apaga nem se esquece,
o meu amor alimenta-se do teu amor,
e enquanto viveres estará nos teus braços
sem sair dos meus.

Pablo Neruda

quinta-feira, 27 de abril de 2017

“Carta de Amor de Sigmund Freud; para...”


Eu sabia que seria apenas depois de te teres ido embora que iria perceber a completa extensão da minha felicidade e, alas! o grau da minha perda também. Ainda não a consegui ultrapassar, e se não tivesse à minha frente aquela caixinha pequena com a tua doce fotografia, pensaria que tudo não teria passado de um sonho do qual não quereria acordar. Contudo os meus amigos dizem que é verdade, e eu próprio consigo-me lembrar de detalhes ainda mais charmosos, ainda mais misteriosamente encantadores do que qualquer fantasia sonhadora poderia criar. Tem que ser verdade. Martha é minha, a rapariga doce da qual todos falam com admiração, que apesar de toda a minha resistência cativou o meu coração logo no primeiro encontro, a rapariga que eu receava cortejar e que veio para mim com elevada confiança, que fortaleceu a minha confiança em mim próprio e me deu esperanças e energia para trabalhar, na altura que eu mais precisava.

Quando tu voltares, querida rapariga, já terei vencido a timidez e estranheza que até agora me inibiu perante a tua presença. Iremos sentar-nos de novo sozinhos naquele pequeno quarto agradável, vais-te sentar naquela poltrona castanha , eu estarei a teus pés no banquinho redondo, e falaremos do tempo em que não existirá diferença entre noite e dia, onde não existirão intrusos nem despedidas, nem preocupações que nos separem.

A tua amorosa fotografia. No início, quando eu tinha o original à minha frente não pensei nada sobre a mesma; mas agora, quanto mais olho para ela mais esta se assemelha ao objecto amado; espero que o rosto pálido se transforme na cor das nossas rosas, e que os braços delicados se desprendam da superfície e prendam a minha mão; mas a imagem preciosa não se move, parece apenas dizer: «Paciência! Paciência” Eu sou apenas um símbolo, uma sombra no papel; a tua amada irá voltar, e depois podes negligenciar-me de novo».

Eu gostaria imenso de colocar esta fotografia entre os deuses da minha casa que pairam acima da minha secretária, mas embora eu possa mostrar os rostos severos dos homens que reverencio, quero esconder a face delicada da minha amada só para mim. Vai continuar na tua pequena caixinha e eu não me atrevo a confessar a quantidade de vezes, nestas últimas vinte e quatro horas, que tranquei a minha porta para poder tirar a fotografia da caixa e refrescar a minha memória.

Carta de Sigmund Freud a Martha Bernays, 19 de Junho 1882 (excerto)

“Abraça-me”


Abraça-me. Quero ouvir o vento que vem da tua pele, e ver o sol nascer do intenso calor dos nossos corpos. 
Quando me perfumo assim, em ti, nada existe a não ser este relâmpago feliz, esta maçã azul que foi colhida na palidez de todos os caminhos, e que ambos mordemos para provar o sabor que tem a carne incandescente das estrelas. Abraça-me.
Veste o meu corpo de ti, para que em ti eu possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida. Procura-me com os teus antigos braços de criança, para desamarrar em mim a eternidade, essa soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram. 
Abraça-me.
Quero morrer de ti em mim, espantado de amor. Dá-me a beber, antes, a água dos teus beijos, para que possa levá-la comigo e oferecê-la aos astros pequeninos. 
Só essa água fará reconhecer o mais profundo, o mais intenso amor do universo, e eu quero que deles fiquem a saber até as estrelas mais antigas e brilhantes.
Abraça-me. Uma vez só. Uma vez mais.
Uma vez que nem sei se tu existes.

Joaquim Pessoa

sábado, 22 de abril de 2017

“Amo-te Por Todas as Razões e Mais Uma”


Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

“Vida”


Lembre se de pensar sempre assim:
Você é como uma joia, pessoas inexperientes só se encantam com o brilho, mas só os especialistas sabem o verdadeiro valor. Existem raras belezas, das quais só podemos ver com os olhos da alma!
A beleza dos gestos imperceptíveis: das mãos que acolhem, das que abraçam, consolam, amparam, estendem-se...
A beleza da palavra amiga, consoladora.
Do silêncio compartilhado, do olhar que acalanta, do abraço caloroso, do beijo silencioso, do aceno que jura: ficarei aqui!
Quando observo, procuro ver de olhos fechados, para não deixar que a luz ofusque a realidade, aquela escondida, por trás de uma bela estampa, ou distorcida pelas lágrimas.
Há também, aquela que disfarça numa deformidade física, que nada tem de real.
O belo mesmo, este, é invisível aos olhos.
Por isso, mesmo ante a escuridão, acredite: ainda assim há luz, para que possas ver de olhos fechados!
Personalidade forte e elegância é uma combinação rara, é como inteligência: não se compra na feira! Coisa rara e bonita é a gente poder se comunicar por meio da alma, sem que palavra alguma necessariamente aconteça.
Se algum dia alguém lhe criticar pelo que você é.
Não ligue, pois, ser uma joia preciosa, provoca inveja no meio de tantas bijuterias.
Geralmente as pessoas que mais enxergam as joias raras a serem lapidadas são as pessoas que pouco conheço muitas vezes pessoas mais próximas levam uma vida e não conseguem enxergar isso.                                                                                      
Mulher é como joias, não adianta ser linda, brilhante, charmosa se não for rara.
Afinal, quanto valeria um diamante se estivesse em todo lugar?

Nada... Valorize-se seja única.

domingo, 16 de abril de 2017

“Amizade”


A amizade é um dos sentimentos mais bonitos que existe, pois, amamos tanto a outra pessoa, de forma tão tranquila e natural que tudo o que mais queremos é vê-la bem, feliz e realizada na sua vida. Amizade é ficar feliz ao ver seu amigo feliz!  Amigos não julgam – compreendem.                                   Acompanham-te mais nos momentos de dificuldades do que nos felizes e mostram que os erros que você comete vez ou outra não precisam ser vistos ou sentidos como uma punição, mas sim, como uma forma de aprender e fazer diferente na próxima vez!  Amigo é aquele que diz as verdades mais duras que muitas vezes tentamos evitar escutar. É aquele que orienta, se preocupa e quer o seu bem desconfie daqueles que concordam com tudo o que você diz e faz amigo de verdade não tem medo de apontar seus defeitos e se dispor a te ajudar a mudar.                                                                           
Amiga, mesmo que estejamos longe fisicamente, quero te dizer que você está sempre comigo nos meus melhores pensamentos, nos mais nobres sentimentos e nas minhas lembranças mais felizes! Saudades da sua companhia no meu dia a dia.                  
Quando um amigo faz uma crítica, na verdade ele está fazendo um alerta, e tentando mostrar ao outro que talvez as escolhas feitas não sejam as mais adequadas e que isso pode o ferir no futuro.                                    
Amigos de verdade não fazem críticas para ofender, mas sim para ajudar! Poder contar com um amigo de verdade é algo raro e difícil de encontrar, por isso cuido dos meus amigos com todo carinho e com todo meu coração, pois eles são mais que especiais, são essenciais na minha vida.                    
Amigos de verdade dizem o que pensam sobre as decisões ou atitudes do outro, sempre pensando em vê-lo bem e feliz, e principalmente, fazendo as escolhas certas.  Amigo é aquele que transforma seus defeitos em brincadeiras para te fazer sorrir e te ajuda a fazer das situações mais difíceis aprendizado e fortaleza para seguir adiante. Espero poder ser um pouco de tudo isto ou quase isto para ti amiga (o), obrigado.

“Pensamento”........


Lembre se de pensar sempre assim:
Você é como uma joia, pessoas inexperientes só se encantam com o brilho, mas só os especialistas sabem o verdadeiro valor. Existem raras belezas, das quais só podemos ver com os olhos da alma!
A beleza dos gestos imperceptíveis: das mãos que acolhem, das que abraçam, consolam, amparam, estendem-se...
A beleza da palavra amiga, consoladora.
Do silêncio compartilhado, do olhar que acalanta, do abraço caloroso, do beijo silencioso, do aceno que jura: ficarei aqui!
Quando observo, procuro ver de olhos fechados, para não deixar que a luz ofusque a realidade, aquela escondida, por trás de uma bela estampa, ou distorcida pelas lágrimas.
Há também, aquela que disfarça numa deformidade física, que nada tem de real.
O belo mesmo, este, é invisível aos olhos.
Por isso, mesmo ante a escuridão, acredite: ainda assim há luz, para que possas ver de olhos fechados!
Personalidade forte e elegância é uma combinação rara, é como inteligência: não se compra na feira! Coisa rara e bonita é a gente poder se comunicar por meio da alma, sem que palavra alguma necessariamente aconteça.
Se algum dia alguém lhe criticar pelo que você é.
Não ligue, pois, ser uma joia preciosa, provoca inveja no meio de tantas bijuterias.
Geralmente as pessoas que mais enxergam as joias raras a serem lapidadas são as pessoas que pouco conheço muitas vezes pessoas mais próximas levam uma vida e não conseguem enxergar isso.                                                                                      
Mulher é como joias, não adianta ser linda, brilhante, charmosa se não for rara.
Afinal, quanto valeria um diamante se estivesse em todo lugar?
Nada... Valorize-se seja única.

domingo, 9 de abril de 2017

"Alma gêmea de minha alma"



Alma gêmea de minha alma
Meu amor, toda amplidão
Estrela serena e calma
Pulsar do meu coração...
A mais bela entre as flores
Poema de meus amores
Sinônimo de perfeição
Juro-te amor eterno
Minha Alma sempre amada...
Sem você meu doce amor
A vida não vale nada...
Minha mulher querida
Ès tudo na minha vida
Anjo de sedução
Alma gêmea de minha alma
Beleza rara e sincera
Flor da minha primavera
Fonte de inspiração
Quero viver contigo
Num leito só de alegrias
Ès a dona dos meus dias
Da alma e do coração
Se eu partir muito cedo
Te peço não tenhas medo
Não te deixarei ao léu
Te esperarei entre flores
Poema de meus amores
Na claridade do céu...
Alma gêmea de minha alma...
Podem passar mil anos
Ou toda a eternidade
Mas a única verdade..
É que serei sempre teu...
Te amo ...


Chico Xavier (Emmanuel)